terça-feira, 13 de abril de 2010

Pesquisas do Segundo Dia - Manhã.

Rua Oratório


Hoje, 13 de abril, entre 10h30 e 12h, nós, Larissa e Thais, continuamos a pesquisa de campo com os comércios locais.
Ao contrário do cenário da semana passada, o dia ensolarado colaborou com o andamento e agilidade das pesquisas, realizadas mais rapidamente do que na última terça-feira. Os entrevistados, como da outra vez, foram atenciosos e simpáticos conosco.

Foram entrevistados os comércios dos grupos Cabeleireiros, Supermercados e Cursos e Colégios. Deste ultimo grupo, em dois estabelecimentos dos 4 listados ninguém estava no local e, num terceiro, em virtude do feriado de Santo André, não pudemos ser atendidas. O único colégio entrevistado foi o Portinari Instituto de Ensino, que fica na rua Paulina Isabel de Queirós.
Rosemeire, responsável pelo Ensino Fundamental do colégio, conta que o corpo docente já se preocupa com a preparação dos alunos para o vestibular, apesar de, para os alunos dessa idade, essa não ser uma realidade imediata. Com a implantação da UFABC na região, a possibilidade da entrada dos alunos em uma universidade pública tornou-se uma realidade mais próxima e isso, apesar de não ter impacto econômico ao colégio, traz uma preocupação também por parte dos pais com o ensino dos filhos desde cedo, o que acarreta em deixar o colégio em plano de destaque na vida das crianças.

Quanto ao grupo Supermercados, dois estabelecimentos foram listados: Sam's Club e Carrefour. Como o primeiro realiza vendas somente para associados e devido ao tempo escasso para a realização das pesquisas, o Sam's Club não foi entrevistado. No Carrefour, conversamos com duas funcionárias: Cristiana, que trabalha na Padaria e Cafeteria do supermercado e Kátia, a supervisora dos caixas. Ambas contaram que há grande movimento de estudantes na Padaria, onde as vendas aumentaram em 40% devido aos estudantes e, por isso, houve contratação de funcionários. Apesar da queda das vendas após a inauguração do RU, segundo Cristiana, o movimento na Padaria, em alguns meses, voltou ao que era antes.

No estabelecimento como um todo, a frequência de estudantes é média e não citam pontos negativos em relação aos estudantes. Como todos sabemos, existem boatos de que os estudantes utilizam o estacionamento do Carrefour apesar de não serem clientes. Kátia confirma que isso realmente ocorre, mas não considera um ponto negativo, uma vez que não são apenas os estudantes que o fazem. Até mesmo a bagunça na Padaria é vista como normal por parte dos
funcionários.

No grupo Cabeleireiros constatou-se que, principalmente os estabelecimentos menores, veem na UFABC uma possibilidade de aumento da sua clientela. É o caso do salão Domingues Cabeleireiro, na Rua Oratório, que atende, em média, 4 pessoas por dia. Hoje o sr. Domingues, que classifica a frequência de alunos em seu salão como média-baixa, acredita que, com o término das obras do campus e o aumento do número de alunos no mesmo, essa frequência aumentará.
Assim como o sr. Domingues, Benedita, do salão Elumy Hair, também tem expectativas em relação aos estudantes. Inaugurou seu salão há apenas dois meses e já tem como clientela alguns estudantes e também os funcionários da obra nos finais de semana. Seu salão tem uma janela que dá diretamente para a construção do bloco A, mas ela afirma que as obras não incomodam, assim como, aliás, todos os demais comércios afirmaram. Em estabelecimentos maiores como o Studio J. Carraro, que atende, em média, 15 pessoas diariamente, também veem na UFABC uma nova possibilidade de ampliação da clientela, tanto é que, assim como a Tutti Belli Lavanderia, fazem promoções visando os estudantes da universidade. Porém, quanto maior o comércio, menos são sentidas as variações da clientela e menores são as expectativas sobre a universidade, apesar delas existirem. Isso pode ser notado no Evolution Cabeleireiros, o salão do Carrefour, que apesar de ter contratado dois funcionários nos últimos dois anos devido ao aumento da clientela, e de, em números absolutos, atender muito mais estudantes que os demais salões, consideram a frequência de alunos baixa e não tem grandes expectativas quanto ao aumento com a conclusão das obras. Curiosamente, o salão cita o problema do uso das vagas do supermercado pelos estudantes como ponto negativo da UFABC para o estabelecimento.

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