terça-feira, 13 de abril de 2010

Pesquisas do primeiro dia, pela manhã.



No dia 06 de abril, entre 10h e 13h, nós, Larissa e Thais, iniciamos as pesquisas com os comércios do entorno da universidade. Neste dia demos prioridade aos comércios do grupo Diversos, ou seja, os comércios que não estão classificados em nenhuma das outras categorias determinadas(apresentadas no post 2).

A principal conclusão que chegamos foi que a proximidade é um fator importante – embora não determinante – da frequencia com que os alunos visitam os estabelecimentos e também das expectativas destes estabelecimentos sobre a presença da universidade e mudanças que isso provoca em seus comércios. Por exemplo, a loja Novart Comunicação Visual, (foto acima) localizada na Rua do Oratório, fica imediatamente em frente ao futuro portão de entrada da UFABC da mesma rua. O funcionário Felipe, que trabalha no estabelecimento – que já existe há 28 anos - há 3 anos – acredita que com a implantação total da universidade e a estabilização do número de estudantes, o comércio – que atualmente já atende 25% à mais do que atendia antes da universidade, cerca de 35 clientes por dia – cresça ainda mais.

Assim como para comércios muito próximos as expectativas são grandes – um outro exemplo é o Auto Chaveiro Bangu, ainda na Rua do Oratório, no qual o funciorio Marcos, que trabalha no local há 22 anos, também demonstrou expectativas quanto à universidade e o aumento da procura de seus serviços – os comércios mais distantes não tem muitas expectativas em relação à nossa universidade. O funcionário Alberto, da Micro Geral Informática, localizada na rua Paulina Isabel de Queirós (foto acima) diz que embora alguns estudantes frequentem a loja, principalmente para tirar xerox, não houve variação significativa na clientela e nem possui grandes expectativas quanto aos universitários no crescimento do seu comércio.


Longe ou perto, todos os comerciantes foram unânimes em dizer que notam nas redondezas aumento do movimento, que as obras em nada atrapalharam/atrapalham a qualidade do seu serviço, nem mesmo causaram grandes transtornos como trânsito e notam valorização imobiliária (a ser confirmada nas pesquisas com as imobiliárias da região); mas essas são mudanças que afetam apenas os comércios mais próximos.


E não são todos os comércios próximos – avaliados dentro do grupo de diversos – que são afetados igualmente, mas o fator de correlação do serviço prestado – e das exigências que atende - com a vida de um universitário comum é bastante influente. Um exemplo claro é o da Água Mineral Mata Atlântica, localizada no estacionamento do Carrefour. O estabelecimento vende galões de água mas não faz entrega a domicílio. O funcionário Vitor, que trabalha no local há 2 anos, diz que embora muitos estudantes, os quais moram em repúblicas, os procurem para informações de preços, como eles não fazem entrega e os estudantes geralmente não tem carro na região, dificilmente acabam de fato comprando os galões. Outros dois exemplos de serviços para os quais se espera grande movimento de estudantes, mas que não é exatamente o que acontece, são:


Tutti Belli Lavanderia e o banco, localizados no Carrefour. Apesar dos preços reduzidos e das propagandas que dão ênfase aos universitários, o movimento de estudantes em ambos está bem abaixo das expectativas. Talita, que trabalha na lavanderia há 2 anos, explica que no começo do ano, com a chegada de novos estudantes que ainda não estão bem estabelecidos na região, a procura se eleva, mas com o passar do tempo e a melhor adaptação dos estudantes, eles passam a comprar máquinas de lavar roupa ou retornar para suas cidades com suas roupas para lavar lá, abandonando assim a frequência na lavanderia. Ocorre o mesmo com o banco: no início do ano, muitos universitários procuram o banco para se informar sobre a abertura de contas, mas nem sempre optam por abrir suas contas naquele banco por influência própria da universidade e aconselhamento de professores, para que as contas sejam abertas no Banco do Brasil, que facilita o pagamento de bolsas de monitoria, pesquisa, auxílio e moradia.


Ao contrário do banco, porém, a lavanderia lucra com eventos pontuais do calendário acadêmico. Apesar da participação média de alunos, nos eventos científicos e congressos, quando participam outros professores ou estudantes de outras regiões, estes acabam optando pelos serviços da lavanderia, que é bem próxima à UFABC.


Por outro lado, em alguns dos lugares que se espera movimentação de estudantes, se encontra. Para um grupo que geralmente anda com celulares pré-pagos e antenado em tecnologia – e dizemos isso em parte por experiência própria – as lojas da Claro e a RTM Cel contam com sua participação maciça. Camila, funcionária da Claro há 3 anos, sendo 2 na loja do Carrefour, diz que a maior parte dos estudantes, que são população média na loja, estão a procura de crédito para torpedos, apesar de muitos preferirem recarregar seus celulares no caixa do próprio mercado. A RTM Cel, segundo a funcionária Fabiana, tem como maioria de clientes os próprios estudantes, que vão a procura de calculadoras e acessórios para celular.


Comércios próximos, mas que não atendem as necessidades de um universitário, não apresentam também grande variação do movimento, como já se esperava. É o caso do Pet Shop Tô Limpinho (foto abaixo), na rua Frei Caneca, do Lojão da Economia, na própria Rua do Oratório, e do Escritório de Advocacia, também na Oratório. Geralmente os estudantes não tem grandes problemas legais ou documentos que precisem cuidar, portanto a sua participação na advocacia é nula. A advocacia está no local há 2 meses apenas, mas o dono, senhor Reinaldo, diz não ter grandes expectativas quanto à universidade – fosse outro tipo de estabelecimento, talvez até tivesse na universidade um dos motivos para a escolha da região, que no caso dele foi apenas pela proximidade à sua residência. Ou como o Pet Shop, uma vez que os estudantes moradores de republica não tem animais de estimação, ou ainda o Lojão da Economia, que apesar de vender os mais diversos produtos, não está entre os pontos frequentados pelos estudantes, uma vez que o Carrefour – que costuma-se dizer que uma extensão da universidade – é mais perto e também vende a maior parte das coisas do Lojão.



Como já esperávamos, as principais influências da participação ativa de estudantes no comércio são tipo de serviço e proximidade à UFABC. Como visto no post anterior, os estabelecimentos de alimentação e a Caex são bastante frequentados pelos alunos, e justamente se encaixam em ambas as definições. Ainda hoje traremos mais informações de outros tipos de comércio, concluindo qual a nossa participação na região comercial nos entornos da UFABC.

Até mais tarde!

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