terça-feira, 13 de abril de 2010

Conclusão



Apesar de quase três semanas entre o começo do planejamento e a data de apresentação, foi em apenas uma semana, efetivamente, que as pesquisas de campo foram realizadas. Diminuindo ainda mais nosso tempo, o feriado do aniversário de Santo André impossibilitou que as pesquisas fossem feitas na quinta e sexta-feira, e como alguns de nós voltaram para suas cidades, retomamos as atividades apenas nesta semana.

Em um balanço geral, visitamos cerca de 50 comércios - pouco mais da metade dos comércios levantados na primeira listagem. Destes, nem em todos encontramos funcionários e um deles tinha inclusive mudado de lugar entre a semana de listagem e a de pesquisas. Porém, em quase todos que encontramos abertos fomos bem recebidos, exceto no Star Chicken, no qual os funcionários inicialmente não queriam responder ao nosso questionário.

Apesar de alguns resultados já esperados, muitos estabelecimentos nos surpreenderam quanto ao impacto que a universidade causou.
Por exemplo, ao contrário de nossas expectativas, a maior parte dos bares na Rua do Oratório pouco lucram com os estudantes, alguns deles inclusive tiveram diminuição das suas vendas após a implantação da UFABC - antes disso, existia a prefeitura na região, o que nos faz pensar que os prefeitos bebem mais do que estudantes universitários.

Com os restaurantes, apenas os mais próximos tiveram grande variação nos lucros. Os estabelecimentos que ficam no Carrefour tiveram, todos eles, aumento significativo das vendas, em maior ou menor quantidade. Os quiosques no estacionamento, de doces ou comidas rápidas, são os que mais lucram com os estudantes, alterando inclusive o quadro de funcionários para melhor atender a demanda de clientes. Restaurantes mais distantes da Universidade ainda reclamam da baixa clientela, e isso só se agravou com a implantação do Restaurante Universitário.

Outra surpresa foi quanto aos estabelecimentos automotivos, que já venderam, em média, de 20 a 30 carros cada, apenas para estudantes, desde a implantação da universidade. Apesar de não ser um número tão alto em um período de 3 anos e meio, são bastante expressivos para uma clientela que se conhece por andar de ônibus e estar sempre em dificuldades financeiras.

Papelarias, bazares e até cabeleireiros tem, cada qual, sua clientela fixa de estudantes. Dentre as papelarias, a Caex, nem tanto pela proximidade mas principalmente pela diversidade de serviços, é a mais frequentada, com um aumento de 50% da clientela após a chegada da universidade.
Os comércios da rua Oratório, no geral, tem altas expectativas sobre a universidade, enquanto os das ruas mais afastadas pouco modificaram com a sua chegada.

As imobiliárias, como era de se esperar, lucram com a universidade porque sua implantação traz valorização dos imóveis, apesar de eles próprios acharem ruim essa valorização porque compram os imóveis por valores elevados antes de colocá-los para locação.

Devido ao pouco tempo, o grupo de vestuário e alguns estabelecimentos de outros grupos não foram visitados. Porém, as pesquisas levantadas foram suficientes para destacar que proximidade, tipo, tamanho do estabelecimento e promoção boca-a-boca determinam o sucesso entre clientela estudantil.

No geral, a UFABC trouxe um impacto maior para o desenvolvimento geral do bairro do que diretamente para os comércios locais.
Muitos não variaram suas rotinas e vendas devido aos estudantes, outros como os de alimentação, papelarias e imobiliárias, lucram muito com esse tipo específico de clientela. Outros, ainda, tiveram aumento de vendas como teriam com qualquer outro grupo de pessoas que tivesse se mudado para o bairro. Mas todos os comerciantes são unânimes em dizer que a universidade tem impacto sobre o bairro, aumentando a movimentação, o trânsito local e alguns já percebem mudanças na segurança do bairro e a maioria vê esse impacto como positivo para o comércio e/ou o bairro como um todo.
Quanto aos lucros, bem... isso só alguns estabelecimentos podem realmente considerar a UFABC como grande impactante.

Considerações Finais - Cabeleireiros



Todos os estabelecimentos visitados afirmam que as obras do campus da UFABC não causam transtornos e veem a universidade como um impacto positivo para o seu comércio e/ou bairro e a maioria tem expectativas em relação ao término das obras e o aumento da quantidade de alunos no campus.

Considerações finais - Imobiliárias, Serviços Automotivos, Despachantes, Materiais para Reforma em Geral


Ao realizarmos perguntas bem gerais para os funcionários dos mais variados cargos presentes nos estabelecimentos visitados, a resposta para a pergunta: "Em visao geral a UFABC trouxe mais benefícios ou malefícios para este comércio?" foi a mesma em todos os estabelecimentos: sim, para o comércio local, a UFABC trouxe benefícios; mais para alguns, como imobiliárias, e menos para outros, como lojas automotivas, por exemplo. Porém, para todos foi produtivo ter uma universidade nova nas proximidades. Considerando que as aulas no campus Santo André se iniciaram há relativamente pouco tempo, foi observado também que muitos comerciantes creem ser questão de tempo para que a situação melhore ainda mais.





Foto: Rua Abolição

CONSIDERAÇÕES FINAIS - ALIMENTOS


Em alguns, porém poucos comércios, a influência dos alunos foi positiva pois houve retorno financeiro, com aumento dos lucros. Porém, na maioria dos casos não houve contratação de novos funcionários, o que significa um aumento não tão considerável no movimento. Para outros - a grande maioria - a influência dos alunos não afetou em quase nada, devido à baixa freqüência dos mesmos nos estabelecimentos. No entanto, esperava-se um maior impacto com a chegada da universidade o que não aconteceu, ocorrendo pequenas alterações apenas nos comércios bem próximos a UFABC.

Pesquisas do Segundo Dia - Manhã.

Rua Oratório


Hoje, 13 de abril, entre 10h30 e 12h, nós, Larissa e Thais, continuamos a pesquisa de campo com os comércios locais.
Ao contrário do cenário da semana passada, o dia ensolarado colaborou com o andamento e agilidade das pesquisas, realizadas mais rapidamente do que na última terça-feira. Os entrevistados, como da outra vez, foram atenciosos e simpáticos conosco.

Foram entrevistados os comércios dos grupos Cabeleireiros, Supermercados e Cursos e Colégios. Deste ultimo grupo, em dois estabelecimentos dos 4 listados ninguém estava no local e, num terceiro, em virtude do feriado de Santo André, não pudemos ser atendidas. O único colégio entrevistado foi o Portinari Instituto de Ensino, que fica na rua Paulina Isabel de Queirós.
Rosemeire, responsável pelo Ensino Fundamental do colégio, conta que o corpo docente já se preocupa com a preparação dos alunos para o vestibular, apesar de, para os alunos dessa idade, essa não ser uma realidade imediata. Com a implantação da UFABC na região, a possibilidade da entrada dos alunos em uma universidade pública tornou-se uma realidade mais próxima e isso, apesar de não ter impacto econômico ao colégio, traz uma preocupação também por parte dos pais com o ensino dos filhos desde cedo, o que acarreta em deixar o colégio em plano de destaque na vida das crianças.

Quanto ao grupo Supermercados, dois estabelecimentos foram listados: Sam's Club e Carrefour. Como o primeiro realiza vendas somente para associados e devido ao tempo escasso para a realização das pesquisas, o Sam's Club não foi entrevistado. No Carrefour, conversamos com duas funcionárias: Cristiana, que trabalha na Padaria e Cafeteria do supermercado e Kátia, a supervisora dos caixas. Ambas contaram que há grande movimento de estudantes na Padaria, onde as vendas aumentaram em 40% devido aos estudantes e, por isso, houve contratação de funcionários. Apesar da queda das vendas após a inauguração do RU, segundo Cristiana, o movimento na Padaria, em alguns meses, voltou ao que era antes.

No estabelecimento como um todo, a frequência de estudantes é média e não citam pontos negativos em relação aos estudantes. Como todos sabemos, existem boatos de que os estudantes utilizam o estacionamento do Carrefour apesar de não serem clientes. Kátia confirma que isso realmente ocorre, mas não considera um ponto negativo, uma vez que não são apenas os estudantes que o fazem. Até mesmo a bagunça na Padaria é vista como normal por parte dos
funcionários.

No grupo Cabeleireiros constatou-se que, principalmente os estabelecimentos menores, veem na UFABC uma possibilidade de aumento da sua clientela. É o caso do salão Domingues Cabeleireiro, na Rua Oratório, que atende, em média, 4 pessoas por dia. Hoje o sr. Domingues, que classifica a frequência de alunos em seu salão como média-baixa, acredita que, com o término das obras do campus e o aumento do número de alunos no mesmo, essa frequência aumentará.
Assim como o sr. Domingues, Benedita, do salão Elumy Hair, também tem expectativas em relação aos estudantes. Inaugurou seu salão há apenas dois meses e já tem como clientela alguns estudantes e também os funcionários da obra nos finais de semana. Seu salão tem uma janela que dá diretamente para a construção do bloco A, mas ela afirma que as obras não incomodam, assim como, aliás, todos os demais comércios afirmaram. Em estabelecimentos maiores como o Studio J. Carraro, que atende, em média, 15 pessoas diariamente, também veem na UFABC uma nova possibilidade de ampliação da clientela, tanto é que, assim como a Tutti Belli Lavanderia, fazem promoções visando os estudantes da universidade. Porém, quanto maior o comércio, menos são sentidas as variações da clientela e menores são as expectativas sobre a universidade, apesar delas existirem. Isso pode ser notado no Evolution Cabeleireiros, o salão do Carrefour, que apesar de ter contratado dois funcionários nos últimos dois anos devido ao aumento da clientela, e de, em números absolutos, atender muito mais estudantes que os demais salões, consideram a frequência de alunos baixa e não tem grandes expectativas quanto ao aumento com a conclusão das obras. Curiosamente, o salão cita o problema do uso das vagas do supermercado pelos estudantes como ponto negativo da UFABC para o estabelecimento.

Pesquisas do primeiro dia, pela tarde - Parte II

Automotivos

Nenhum dos estabelecimentos relacionados a automóveis tiveram a UFABC como influência na localização escolhida, pois já estavam em funcionamento antes do surgimento da universidade ou escolheram por causa da localização estratégica (perto de vias movimentadas, como a Avenida dos Estados ou Rua Oratório). Em todos os estabelecimentos, a vinda da faculdade trouxe mais benefícios, aumentaram o lucro em cerca de 5%, as obras não ocasionaram transtorno; em alguns até ajudaram no lucro, porém se queixaram do trânsito, que aumentou significativamente após o surgimento da faculdade. Relataram também que não há segurança nas ruas: nunca foram assaltados, porém não há policiamento das ruas. O fato mais curioso foi que, ao entrevistarmos as multimarcas, constatou-se que há um movimento significativo de estudantes nesses lugares – e estávamos bem pessimistas em relação a estes estabelecimentos. Desde a vinda da UFABC, houve uma média de venda de 20 carros por estabelecimento para os estudantes, muito acima de nossas expectativas.


Imobiliárias

As imobiliárias já estavam abertas antes da UFABC surgir e houve um grande aumento na locação dos imóveis com o surgimento da universidade; porém, não houveram novas contratações, pois o grande movimento é apenas no início do ano. Queixaram-se do trânsito após a implantação do campus, do aumento do preço de compra dos imóveis e da segurança.

Rua Abolição

Reformas e construção

Nos estabelecimentos de reforma e construção não houve um grande impacto. Não houve um aumento significativo no lucro e raramente estudantes freqüentam o local. Apenas na Copafer há freqüência de estudantes, mas o lucro não é significativo.


Despachantes

Nos despachantes há um movimento de estudantes bom, porém não foi necessária a contratação de novos funcionários, pois o movimento já não é muito grande. Um dos estabelecimentos se queixou da poeira das obras e do trânsito causado pela faculdade. Os demais apenas se queixaram do trânsito e do policiamento que é muito escasso; porém todos acham que a faculdade trouxe muitos benefícios e tem expectativas em relação a ela.


(Bruno e Mikio)

PESQUISAS DO PRIMEIRO DIA PELA TARDE



Concluímos que, para os comércios alimentícios entrevistados, obtivemos resultados muito diferentes e inesperados. Por exemplo, no Carrefour, como já comentado no blog, em apenas um comercio (Star Chicken) o RU não atrapalhou em nada a clientela estudantil, enquanto em todos os outros (Burguer Hozz e Baby Grill) o restaurante contribuiu para a diminuição da mesma clientela. Para o Café Expresso, porém, a clientela aumentou.

Saindo do Carrefour e andando pela Rua Oratório, entrevistamos mais comércios com diferentes pontos de vista, porém com opiniões em comum também: todos dizem que as obras da faculdade em nada atrapalham, apenas que houve aumento do trânsito, que não tem relação com a instituição. No geral, as mesmas críticas são feitas: os alunos não compram em seus comércios e a clientela não subiu por causa da universidade, apesar das expectativas que existiam.

Um caso em especial é o Araponga´s Bar, comercio aberto há 10 anos que costumava ter muito mais movimento quando a prefeitura se localizava ali, movimentação essa que reduziu muito e, por isso, o proprietário pensa em inclusive fechar o bar, uma vez que o gasto está sendo maior do que o lucro. Por ser um bar,ele esperava grande frequência dos alunos, mas não é o que acontece. O mesmo caso ocorre com o Bar e Lanches Fernando, onde o movimento era maior quando existia a prefeitura.
Fizemos outras entrevistas com outros tipos de comércios, por exemplo, a Drogaria Carrefour. Existe um número razoável de alunos que compram lá, desde pequenos medicamentos até os mais específicos, todo mês sempre com uma movimentação considerável. Já entrevistando a drogaria Nova Astral na rua Paulina Isabel de Queirós, a movimentação é quase nula; mesmo existindo repúblicas e estudantes que passam em frente são poucas as vezes que de fato compram no local. A grande queixa do dono é o aluguel do estabelecimento que aumentou em decorrência da procura dos estudantes por casas, repúblicas, apartamentos, etc ao redor.

Concluímos que a influencia da faculdade, para alguns comércios, foi positiva e com aumento do lucro – o que não era o esperado já que é baixo esse aumento. Para outros – a maioria – a influência dos alunos pouco afetou, um número baixo de cnovos clientes e sem mudanças no quadro de funcionários, ao contrário das expectativas. Pudemos perceber que para cada dono de comércio as opiniões são bem divididas e particulares; a dona da papelaria Finesse acha que se ela vendesse cerveja talvez o lucro fosse muito maior, mas o Araponga´s Bar, que se localiza a dois comércios antes do dela e que vende cerveja, quer fechar o bar por causa da baixíssima venda. Lógico que temos que pensar também que o RU prejudicou muito os comércios ao seu redor e com isso a clientela deles caiu bruscamente, mas como diz a dona do Bar e Lanches Fernando: “Eu acho que o restaurante da faculdade não vai comportar todos os alunos, porque fiquei sabendo que lá é pequeno e minha esperança é que quando isso acontecer, minhas vendas aqui aumentem”.


(Natassia e Fernanda)

Pesquisas do primeiro dia, pela manhã.



No dia 06 de abril, entre 10h e 13h, nós, Larissa e Thais, iniciamos as pesquisas com os comércios do entorno da universidade. Neste dia demos prioridade aos comércios do grupo Diversos, ou seja, os comércios que não estão classificados em nenhuma das outras categorias determinadas(apresentadas no post 2).

A principal conclusão que chegamos foi que a proximidade é um fator importante – embora não determinante – da frequencia com que os alunos visitam os estabelecimentos e também das expectativas destes estabelecimentos sobre a presença da universidade e mudanças que isso provoca em seus comércios. Por exemplo, a loja Novart Comunicação Visual, (foto acima) localizada na Rua do Oratório, fica imediatamente em frente ao futuro portão de entrada da UFABC da mesma rua. O funcionário Felipe, que trabalha no estabelecimento – que já existe há 28 anos - há 3 anos – acredita que com a implantação total da universidade e a estabilização do número de estudantes, o comércio – que atualmente já atende 25% à mais do que atendia antes da universidade, cerca de 35 clientes por dia – cresça ainda mais.

Assim como para comércios muito próximos as expectativas são grandes – um outro exemplo é o Auto Chaveiro Bangu, ainda na Rua do Oratório, no qual o funciorio Marcos, que trabalha no local há 22 anos, também demonstrou expectativas quanto à universidade e o aumento da procura de seus serviços – os comércios mais distantes não tem muitas expectativas em relação à nossa universidade. O funcionário Alberto, da Micro Geral Informática, localizada na rua Paulina Isabel de Queirós (foto acima) diz que embora alguns estudantes frequentem a loja, principalmente para tirar xerox, não houve variação significativa na clientela e nem possui grandes expectativas quanto aos universitários no crescimento do seu comércio.


Longe ou perto, todos os comerciantes foram unânimes em dizer que notam nas redondezas aumento do movimento, que as obras em nada atrapalharam/atrapalham a qualidade do seu serviço, nem mesmo causaram grandes transtornos como trânsito e notam valorização imobiliária (a ser confirmada nas pesquisas com as imobiliárias da região); mas essas são mudanças que afetam apenas os comércios mais próximos.


E não são todos os comércios próximos – avaliados dentro do grupo de diversos – que são afetados igualmente, mas o fator de correlação do serviço prestado – e das exigências que atende - com a vida de um universitário comum é bastante influente. Um exemplo claro é o da Água Mineral Mata Atlântica, localizada no estacionamento do Carrefour. O estabelecimento vende galões de água mas não faz entrega a domicílio. O funcionário Vitor, que trabalha no local há 2 anos, diz que embora muitos estudantes, os quais moram em repúblicas, os procurem para informações de preços, como eles não fazem entrega e os estudantes geralmente não tem carro na região, dificilmente acabam de fato comprando os galões. Outros dois exemplos de serviços para os quais se espera grande movimento de estudantes, mas que não é exatamente o que acontece, são:


Tutti Belli Lavanderia e o banco, localizados no Carrefour. Apesar dos preços reduzidos e das propagandas que dão ênfase aos universitários, o movimento de estudantes em ambos está bem abaixo das expectativas. Talita, que trabalha na lavanderia há 2 anos, explica que no começo do ano, com a chegada de novos estudantes que ainda não estão bem estabelecidos na região, a procura se eleva, mas com o passar do tempo e a melhor adaptação dos estudantes, eles passam a comprar máquinas de lavar roupa ou retornar para suas cidades com suas roupas para lavar lá, abandonando assim a frequência na lavanderia. Ocorre o mesmo com o banco: no início do ano, muitos universitários procuram o banco para se informar sobre a abertura de contas, mas nem sempre optam por abrir suas contas naquele banco por influência própria da universidade e aconselhamento de professores, para que as contas sejam abertas no Banco do Brasil, que facilita o pagamento de bolsas de monitoria, pesquisa, auxílio e moradia.


Ao contrário do banco, porém, a lavanderia lucra com eventos pontuais do calendário acadêmico. Apesar da participação média de alunos, nos eventos científicos e congressos, quando participam outros professores ou estudantes de outras regiões, estes acabam optando pelos serviços da lavanderia, que é bem próxima à UFABC.


Por outro lado, em alguns dos lugares que se espera movimentação de estudantes, se encontra. Para um grupo que geralmente anda com celulares pré-pagos e antenado em tecnologia – e dizemos isso em parte por experiência própria – as lojas da Claro e a RTM Cel contam com sua participação maciça. Camila, funcionária da Claro há 3 anos, sendo 2 na loja do Carrefour, diz que a maior parte dos estudantes, que são população média na loja, estão a procura de crédito para torpedos, apesar de muitos preferirem recarregar seus celulares no caixa do próprio mercado. A RTM Cel, segundo a funcionária Fabiana, tem como maioria de clientes os próprios estudantes, que vão a procura de calculadoras e acessórios para celular.


Comércios próximos, mas que não atendem as necessidades de um universitário, não apresentam também grande variação do movimento, como já se esperava. É o caso do Pet Shop Tô Limpinho (foto abaixo), na rua Frei Caneca, do Lojão da Economia, na própria Rua do Oratório, e do Escritório de Advocacia, também na Oratório. Geralmente os estudantes não tem grandes problemas legais ou documentos que precisem cuidar, portanto a sua participação na advocacia é nula. A advocacia está no local há 2 meses apenas, mas o dono, senhor Reinaldo, diz não ter grandes expectativas quanto à universidade – fosse outro tipo de estabelecimento, talvez até tivesse na universidade um dos motivos para a escolha da região, que no caso dele foi apenas pela proximidade à sua residência. Ou como o Pet Shop, uma vez que os estudantes moradores de republica não tem animais de estimação, ou ainda o Lojão da Economia, que apesar de vender os mais diversos produtos, não está entre os pontos frequentados pelos estudantes, uma vez que o Carrefour – que costuma-se dizer que uma extensão da universidade – é mais perto e também vende a maior parte das coisas do Lojão.



Como já esperávamos, as principais influências da participação ativa de estudantes no comércio são tipo de serviço e proximidade à UFABC. Como visto no post anterior, os estabelecimentos de alimentação e a Caex são bastante frequentados pelos alunos, e justamente se encaixam em ambas as definições. Ainda hoje traremos mais informações de outros tipos de comércio, concluindo qual a nossa participação na região comercial nos entornos da UFABC.

Até mais tarde!

domingo, 11 de abril de 2010

VISÃO AMPLA



Ao sairmos na terça, a Fernanda e eu Natassia, pudemos ter uma pequena percepção do que a faculdade tem causado nos entornos (quando digo pequena, é porque é só a nossa ida). E vimos que nos comércios alimentícios do Carrefour, o RU causou grande impacto e diminuição da clientela para esses comerciantes, com exceção de um comercio que não foi gentil ao responder nossas perguntas e disse que não causou impacto nenhum, que os clientes continuam os mesmos.

(vai saber, né? Penso eu que eles não queriam nos ajudar e responderam qualquer coisa, tanto que o próprio dono foi muito grosseiro e nos mandou perguntar nos outros estabelecimentos – eu acho que ele pensou que a gente já não tinha pensado nisso ¬¬)

Mas em outro estabelecimento, num especiíico, eles disseram que as vendas na verdade não mudaram em nada, e de tempos em tempos, a clientela sobe – esse caso é o da cafeteria.

(Acho que o pessoal vai almoçar no RU e depois vai pra lá tomar um cafezinho pra acordar e poder assistir as aulas da tarde; eu Natassia, faço isso pelo menos =)

Subindo a rua Oratório, passando a Caex e parando numa papelaria de esquina, a dona nos disse que a faculdade nem os caminhões das obras causaram impacto ou perturbação por lá. Na verdade, o que causa muito transito e muito barulho são os caminhões que vão descarregar no Carrefour (mas essa não é nossa área, né?)

Então perguntamos se os alunos vão comprar na loja dela (o forte de vendas é perfumaria, apesar de ser uma papelaria – vende de tudo - desderelógios, presentinhos básicos à cestas de café da manhã). Ela nos disse que são pouquíssimos alunos que vão comprar, uma coisa ou outra pra dar de presente pra mães ou namorados(as); ela esperava que com a faculdade e repúblicas perto da loja dela, o número de vendas aumentasse, mas não foi o que aconteceu. Com esse ponto de vista e a realidade dela, pude perceber que já naquela região da rua, a faculdade não causa nenhum impacto mais, é nulo, o que causa algum impacto são os alunos da faculdade, mas é um impacto baixíssimo, quase nulo.

Não estou fazendo propagando das lojas, mas é pra mostrar que essa papelaria ,mesmo perto da faculdade e quase do lado da caex, que é um estabelecimento lotado de alunos da faculdade, pra ela, os alunos quase não faz diferença nenhuma. Posso chamar assim de 8 / 80. Na caex a clientela subiu 50% das vendas (segundo os dados fornecidos pela supervisora), ou seja, 80; e na papelaria 8, diferença de 1% (segundo dados fornecidos pela dona).

terça-feira, 6 de abril de 2010

Pesquisas e primeiras experiências



Hoje, terça-feira, nos dividimos em três grupos para iniciarmos as pesquisas nos comércios locais. Dos 98 comércios listados, optamos por dividir conforme os serviços que prestam. A partir de amanhã, 7 de abril, até a próxima terça-feira, dia 13, apresentaremos os dados obtidos, comentando nossas impressões e concluindo como a UFABC e nós, estudantes, impactamos os diferentes tipos de comércio locais.


Apesar do dia frio, muito frio e chuvoso, conseguimos levantar uma quantidade significativa de informações. Nós, Thais e Larissa, iniciamos as pesquisas às 10h e encerramos 13h. Em todos os comércios pelos quais passamos – cerca de 20 - fomos muito bem recebidas. Em alguns deles não encontramos ninguém, em outros, como o Nyx Pub da Rua do Oratório, o período de funcionamento é exclusivamente noturno, e também o Formato Corretores de Seguros, na Rua Paulina Isabel de Queiroz, não está mais atendendo no local. Ainda em alguns deles, devido ao grande número de clientes que estavam no local, não foi possível fazer todas as perguntas pretendidas; então optamos por entregar um questionário por escrito, com perguntas semelhantes às que fazemos pessoalmente, que será recolhido na segunda-feira, dia 12.


Portanto, na segunda ainda teremos novos dados para apresentar, e na terça, conforme o caminhar das pesquisas, pretendemos ter uma conclusão geral do impacto da universidade nos comércios locais.


Os dois grupos da tarde encontraram um quadro semelhante ao nosso: frio, muito frio e chuvoso. Concentraram-se nos estabelecimentos do Carrefour e, onde conseguiram entrevistar os funcionários, foram bem recebidos. Os grupos ficaram divididos em Mikio e Bruno em um deles e Fernanda e Natassia no outro. Juntos conseguiram visitar cerca de 15 comércios nos horários de 14h as 16h30, não enfrentando maiores problemas, exceto em um estabelecimento em que os funcionários não estavam dispostos a responder o questionário. Devido ao feriado municipal do aniversário de Santo André, estes grupos retomarão as pesquisas na segunda-feira.


As perguntas que estão sendo feitas aos estabelecimentos possuem pequenas variações para adequarem-se ao tipo de serviço prestado por cada um. Os comércios foram classificados em:

• Alimentação e bares;
• Vestuário;
• Saúde e estética;
• Papelarias, bazares e presentes;
• Automotivos;
• Imobiliárias;
• Reformas e construção;
• Despachantes;
• Diversos;
• Cursos e colégios;
• Cabeleireiros;
• Supermercados.

Hoje a concentração das pesquisas esteve entre os grupos de alimentação, diversos, presentes, cabeleireiros e instituições de ensino. Amanhã apresentaremos nossos primeiros resultados. Aguardem.

Dados colhidos das primeiras pesquisas realizadas hoje, dia 06 de abril.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Introdução


Este blog tem como objetivo relatar o andamento e resultados da pesquisa social “UFABC: Impacto no comércio local”, que está sendo realizada por alunos de graduação do curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do ABC (UFABC), como pré-requisito para a conclusão da matéria “Estrutura e Dinâmica Social”. A pesquisa será concluída em 14/04/2010, com a apresentação dos resultados da mesma em forma de seminário na mesma instituição de ensino.

A pesquisa tem como objetivo analisar o impacto da implantação da UFABC nos comércios em seu entorno. Devido ao curto período de tempo disponibilizado para a realização da mesma, deve-se entender por “comércios em seu entorno” a maioria dos comércios situados às ruas e avenidas listadas abaixo:

  • Rua Abolição
  • Rua dos Aliados
  • Av. Estados Unidos
  • Rua Frei Caneca
  • Rua do Oratório
  • Rua Paulina Isabel de Queiroz
  • Rua Santa Adélia


Dados para a análise desse impacto serão obtidos através de questionário pré-estabelecido pelo grupo de pesquisa que será submetido aos funcionários e/ou dirigentes dos estabelecimentos comerciais.

Em primeira pesquisa foram listados 98 comércios locais. Em breve divulgaremos nossos primeiros resultados obtidos com os questionários em campo.